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Dentista investiga se menina de 13 anos mordeu feminicida no DF antes de ser morta
Quando foi preso, Carlos Eduardo Pessoa Tavares, de 20 anos, estava com marcas de mordida no peito e no braço
Por Redação 100.9
05 de Novembro de 2025 às 15:27
A delegada responsável pela investigação da morte de Allany Almeida, de 13 anos, confirmou que está apurando se as marcas de mordida encontradas no corpo de Carlos Eduardo Pessoa Tavares, o principal suspeito do crime, foram causadas pela vítima antes de sua morte.
De acordo com Mariana Almeida, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) 2, os resultados periciais ainda são aguardados para esclarecer se Allany reagiu ao ataque de Tavares. O suspeito, de 20 anos, foi detido apresentando marcas de mordida no peito e no braço. Em depoimento, Carlos alegou que as lesões foram causadas por uma brincadeira. Para investigar a compatibilidade das marcas com a arcada dentária de Allany, uma perícia odontológica foi realizada.
Entenda o caso
O crime ocorreu na madrugada de segunda-feira (3/11), quando a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada para atender a uma ocorrência de disparo de arma de fogo no Sol Nascente. Ao chegarem ao local, encontraram Allany já sendo socorrida por uma ambulância. Ela havia sido atingida por um tiro no rosto e apresentava sinais de agressão física, como marcas roxas no pescoço, indicando estrangulamento.
Durante a abordagem, Carlos Eduardo Tavares afirmou que dois homens com capacetes haviam invadido seu terreno para cometer um assalto, e que um deles teria disparado contra Allany. No entanto, a versão do suspeito foi desmentida durante as investigações da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher II (Deam II) de Ceilândia.
Mais detalhes do caso
Allany foi inicialmente internada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) em estado gravíssimo. Posteriormente, foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base, onde, segundo familiares, ela perdeu massa encefálica e precisou de aparelhos para respirar. A jovem estava com a mãe no sábado (1º/11), mas saiu de casa sem dizer aonde iria. No dia seguinte, uma amiga informou à tia da vítima sobre o tiro que ela havia levado.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) revelou que Allany e Carlos haviam começado um relacionamento amoroso apenas alguns dias antes do crime. Testemunhas, no entanto, afirmaram que não ouviram disparos nem viram pessoas desconhecidas na área. Embora Carlos tenha alegado que a jovem o procurou e pediu para ir até sua casa no domingo (2/11), ele negou ter cometido qualquer tipo de agressão.
Versão do suspeito desacreditada
Na delegacia, Carlos permaneceu em silêncio durante seu interrogatório, assistido por seu advogado. A versão apresentada pelo suspeito, sobre uma tentativa de assalto, foi refutada pela investigação, pois nenhum objeto foi roubado do local. No mesmo dia, a Justiça determinou que Carlos Eduardo Pessoa Tavares permanecesse preso, sendo considerado o principal suspeito do feminicídio.