“Hoje nós vivemos num mundo internacionalizado. Praticamente todos nós sabemos que os bancos têm operações em todos os países, inclusive nos Estados Unidos. E ficou aquela história de que você não sabe a quem você tem que obedecer e se você obedecer a um, você desobedece ao outro”, afirmou.
“De alguma maneira, isso cria uma instabilidade e a possibilidade de que o mercado possa ser punido por não saber a quem obedecer levou a essa queda na cotação das ações em todas as grandes instituições financeiras que têm operações internacionais. Então esse é o retrato que a gente consegue traçar do que aconteceu nessa última terça-feira”.
“Elas precisam, é claro, é inegável, cumprir o que determina o Poder Judiciário do Brasil, não haveria de ser diferente. O Brasil precisa afirmar a sua soberania, mas também elas estão jungidas à autoridade do governo norte-americano e das leis americanas, sobretudo quando instituições que têm capital norte-americano, que têm, por exemplo, bandeiras de cartão de crédito de nacionalidade americana e, portanto, elas não têm como agradar a gregos e troianos. Elas não têm, neste momento, como agradar tanto às determinações dos Estados Unidos quanto as determinações do Brasil, uma situação delicadíssima, muito difícil”.