
De acordo com o promotor, Medina correu sério risco de vida durante esse período. "O doutor Roberto Medina teve a vida salva graças à nossa investigação, porque ele já poderia ter sido executado", afirmou Gakiya, confirmando que o plano para assassiná-lo, juntamente com o diretor de presídios, envolvia uma série de imagens detalhadas que foram enviadas para membros da facção, mais especificamente para os integrantes da Sintonia Restrita. Este grupo, por sua vez, estava responsável pela elaboração do plano de execução.
Em sua fala durante a coletiva, o promotor Gakiya também fez referência a um plano anterior que visava a morte de outras figuras importantes, incluindo o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, morto em setembro deste ano. Gakiya destacou que o planejamento para matar ele, Medina e Fontes fazia parte de uma mesma trama criminosa. "As informações de inteligência que eu tenho é que são o mesmo plano: havia um plano para matar o Ruy Ferraz Fontes, havia um plano para matar o doutor Gakiya, que sou eu, e o Roberto Medina. Esse plano já tem anos, estava parado, mas voltou a ser executado. Tanto que o levantamento da rotina do doutor Ruy começou de junho para julho, na mesma época que o meu e o do Medina", explicou o promotor.
"O Medina está vivo hoje, mais uma vez, porque em 2006 eu já salvei a vida dele. Havia um plano para matá-lo em Araraquara. As escutas que eu mantinha em Presidente Prudente salvaram a vida do Medina em 2006", relatou Gakiya. O promotor também enfatizou a importância da segurança para Medina, que tem mais de 30 anos de experiência no sistema prisional. "Pedi para a escolta do diretor geral da polícia penal. Quando tivemos a primeira foto do monitoramento que aparecia o Medina, ele atendeu de prontidão", completou Gakiya, destacando que o coordenador de presídios Roberto Medina, atualmente, está sob escolta e proteção.
