Brasil cria 129,7 mil empregos formais em julho, menor número para o mês desde 2020
Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (27/8) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, saldo positivo foi puxado principalmente pelos setores de serviços e comércio.
27 de Agosto de 2025 às 15:33
O mercado de trabalho brasileiro registrou a criação de 129.775 postos de trabalho com carteira assinada em julho de 2025. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta quarta-feira (27).
Apesar do saldo positivo, o resultado representa o pior desempenho para o mês de julho desde o início da nova série histórica, em 2020, quando foram geradas 108.476 vagas formais.
O resultado é fruto de 2.251.440 admissões contra 2.121.665 desligamentos no mês. No acumulado de janeiro a julho, o país somou 1.347.807 novas vagas com carteira assinada — uma queda de 10,3% em relação ao mesmo período de 2024, quando o número foi de 1.503.467 empregos formais.
Setores com desempenho positivo
Todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo no mês de julho, com destaque para os setores de serviços e comércio:
- Serviços: 50.159 novas vagas, impulsionadas pelas áreas de comunicação, transportes e administração.
- Comércio: 27.325 postos criados, com destaque para o comércio varejista.
- Indústria: 24.426 vagas, puxadas pela produção de alimentos.
- Construção: 19.066 novos empregos, especialmente em obras de infraestrutura.
- Agropecuária: foi o único setor com saldo negativo, encerrando o mês com perda de 8.795 vagas, reflexo da redução nas contratações no cultivo de soja.
Resultados por estado
Das 27 unidades da federação, 25 registraram crescimento no emprego formal em julho. Os maiores saldos foram observados em:
- São Paulo: +42.789 vagas (+0,29%)
- Mato Grosso: +9.540 vagas (+0,97%)
- Bahia: +9.436 vagas (+0,43%)
Por outro lado, três estados apresentaram os menores desempenhos no mês:
- Espírito Santo: -2.381 vagas (-0,26%)
- Tocantins: -61 vagas (-0,02%)
- Acre: +112 vagas (+0,10%)
Salário médio em queda
O salário médio real de admissão em julho foi de R$ 2.277,51, uma queda de R$ 5,64 (-0,25%) em relação a junho deste ano, quando era de R$ 2.283,15. Na comparação com julho de 2024, a retração foi ainda mais leve: R$ 1,07 a menos, equivalente a -0,05%.
Entre os trabalhadores com perfil típico de contratação, o salário médio foi de R$ 2.318,24, valor 1,79% acima da média geral. Já os considerados não típicos receberam, em média, R$ 1.968,77, o que representa uma remuneração 13,56% abaixo da média.
