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Imagem: Reprodução
Bolsonaro admite ter queimado tornozeleira com ferro de solda por “curiosidade”
Relatório encaminhado ao STF aponta que ex-presidente tentou violar o equipamento antes de ser preso preventivamente
Por Redação 100.9
23 de Novembro de 2025 às 12:02
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confessou ter utilizado um ferro de solda para danificar sua tornozeleira eletrônica. A declaração foi registrada em vídeo feito por agentes responsáveis pelo monitoramento do equipamento e integra um relatório enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na tarde deste sábado (22/11).
Segundo o documento, Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã do mesmo dia, após a constatação da tentativa de violação do dispositivo.
O material foi assinado pela diretora-adjunta do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica, Rita de Cássia, que narra a sequência dos acontecimentos. De acordo com ela, por volta de 0h07, o sistema de monitoramento emitiu um alerta de violação da tornozeleira utilizada por Bolsonaro.
Diante da notificação, a equipe de escolta que estava nas proximidades da residência do ex-presidente foi acionada e solicitou que ele apresentasse o equipamento para verificação. Em seguida, Rita de Cássia foi informada e se dirigiu pessoalmente ao local.
Ao chegar, a diretora questionou diretamente Bolsonaro sobre a origem do dano:
“O senhor utilizou alguma coisa para queimar isso aqui?”, perguntou. Bolsonaro respondeu: “Meti um ferro quente aí. Curiosidade”. Ela insistiu: “Que ferro quente?” E ele completou: “Foi ferro de soldar […]. Não rompi a pulseira, não”.
Após a inspeção, a diretora confirmou que houve violação no case da tornozeleira e registrou que o próprio Bolsonaro informou ter iniciado o processo de danificação ainda na tarde de sexta-feira (21/11).
Mesmo após a alegação inicial de que o equipamento teria sofrido uma descarga elétrica em escada, Rita descartou essa versão, afirmando que, ao analisar a tornozeleira, não foram encontrados sinais compatíveis com esse tipo de dano.
Em ofício encaminhado ao Supremo, a diretora do Centro de Monitoração, Rita Gaio, detalhou que o equipamento apresentava “sinais claros e importantes de avaria”, com marcas de queimadura em toda sua circunferência, especialmente na região de encaixe e fechamento do case.
Ainda conforme o relatório, Bolsonaro confirmou que utilizou um ferro de solda na tentativa de abrir o dispositivo eletrônico. Após a constatação da violação, a tornozeleira foi substituída por outra, e ele retornou à residência para cumprir o repouso determinado.
Poucas horas depois, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, foi determinada a prisão preventiva do ex-presidente.