Mercosul e países europeus firmam acordo de livre comércio para impulsionar PMEs
Blocos representam um mercado de 300 milhões de pessoas e um PIB combinado de US$ 4,3 trilhões
16 de Setembro de 2025 às 16:05
Em uma cerimônia realizada nesta terça-feira (16), no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro, o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) oficializaram um novo acordo de livre comércio entre os dois blocos. A assinatura contou com a presença de ministros das Relações Exteriores e do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), marcando um passo estratégico na ampliação das parcerias comerciais entre América do Sul e Europa.
A EFTA é composta por quatro países: Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. Juntas, as nações do Mercosul e da associação europeia formam um mercado de aproximadamente 300 milhões de habitantes, com um Produto Interno Bruto (PIB) somado de US$ 4,3 trilhões.
O novo tratado de livre comércio promete facilitar o acesso a mercados, sobretudo para pequenas e médias empresas (PMEs), além de melhorar processos e regras relacionados à exportação. Segundo comunicado conjunto divulgado após a assinatura, o acordo também aborda compromissos com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável.
Durante o evento, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou o alcance da iniciativa:
“Esse acordo beneficia o negócio entre as grandes empresas, mas também promove, apoia e estimula o comércio através das pequenas e médias empresas. É um acordo que tem uma preocupação com o meio ambiente, com o desenvolvimento sustentável, inclusive estimulando e exigindo que as empresas tenham uma integração com a economia verde e com a produção energética sustentável.”
A medida surge em um contexto de busca por alternativas comerciais diante de políticas protecionistas, como o aumento de tarifas por parte dos Estados Unidos durante o governo de Donald Trump. Para Alckmin, a diversificação dos mercados é uma estratégia fundamental, independentemente das decisões adotadas por outras economias.
“É uma abertura de mercado importante. Nós estamos falando de um país com maior renda per capita do mundo. Então, isso ajuda, não há dúvida. É importante a diversificação de mercado. Independente da questão do tarifaço, é sempre positivo”, afirmou o vice-presidente.
Com a consolidação do tratado, os blocos esperam fortalecer laços econômicos e criar novas oportunidades comerciais, especialmente em setores onde pequenas empresas podem se beneficiar com a redução de barreiras e maior previsibilidade regulatória.
