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Imagem: Alexander Spatari / Getty Images
Até 2100, metade das praias do mundo pode desaparecer, alerta pesquisa
Estudo revela que a combinação de mudanças climáticas, urbanização e erosão acelerada ameaça ecossistemas costeiros globalmente.
Por Redação 100.9
28 de Novembro de 2025 às 16:10
Uma pesquisa realizada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), divulgada em 17 de novembro, traz um alerta alarmante: até 50% das praias ao redor do mundo podem desaparecer até o final deste século.
O estudo, que analisou dados de centenas de litorais em diferentes partes do planeta, aponta que a erosão das praias está sendo acelerada por dois fatores principais: o aumento do nível do mar, impulsionado pelas mudanças climáticas, e a crescente ocupação humana nas regiões litorâneas.
O aumento do nível do mar tem exposto as praias a ondas mais fortes, tempestades e correntes que removem grandes volumes de areia. Segundo o relatório, quando isso ocorre em áreas onde as construções estão localizadas muito próximas à linha da costa, ou em locais onde há intervenções ambientais, como a retirada de dunas ou destruição de vegetação nativa, o processo natural de recuperação das praias fica prejudicado.
Os pesquisadores ressaltam que a alteração de uma praia não afeta apenas a faixa de areia visível, mas altera todo o sistema costeiro. Isso impacta as zonas submersas, onde diversas espécies dependem da estabilidade do fundo arenoso para sobreviver.
A pesquisa alerta que a perda das praias não é apenas um problema estético ou turístico, mas pode afetar profundamente comunidades costeiras, ecossistemas e atividades econômicas associadas ao litoral.
De acordo com o estudo, mesmo praias que atualmente são consideradas estáveis podem se tornar vulneráveis nas próximas décadas. As chamadas praias "intermediárias" e "reflexivas", por exemplo, são mais suscetíveis à erosão quando há desequilíbrios ambientais, seja devido à força do mar ou à ação humana.
Os autores do estudo destacam que sem políticas de gestão costeira eficazes, restauração ambiental e planejamento urbano responsável, milhões de pessoas podem perder suas praias, suas casas e suas fontes de sustento.
Diante disso, a preservação das zonas costeiras precisa ser tratada como uma prioridade global para mitigar os impactos das mudanças climáticas e garantir a sobrevivência dos ecossistemas e das comunidades que deles dependem.