Trump cria força-tarefa para apurar suposta interferência do governo Obama nas eleições de 2016
Departamento de Justiça aponta que Barack Obama teria usado aparato de inteligência para sustentar narrativa sobre interferência russa a favor de Trump
24 de Julho de 2025 às 16:13
Washington – O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (23) a criação de uma força-tarefa federal com o objetivo de investigar ações do ex-presidente Barack Obama e integrantes de sua administração. A medida partiu do Departamento de Justiça, com base em um relatório coordenado pela diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard.
O documento alega que Obama e sua equipe manipularam os serviços de inteligência para construir a versão de que a Rússia teria interferido nas eleições de 2016 com o propósito de favorecer Trump. De acordo com Gabbard, essa narrativa foi fabricada mesmo diante da falta de provas conclusivas.
“Há evidências irrefutáveis detalhando como o presidente Obama e sua equipe de segurança nacional orientaram a criação de uma Avaliação da Comunidade de Inteligência que sabiam ser falsa, promovendo a narrativa artificial de que a Rússia interferiu na eleição de 2016 para ajudar o presidente Trump a vencer, como se fosse verdade”, afirmou Tulsi Gabbard.
Possível processo
Gabbard declarou que o Departamento de Justiça deve considerar abrir processos formais contra Obama e seus ex-colaboradores. Segundo a diretora, houve uma tentativa deliberada de descredibilizar a vitória de Trump ao atribuí-la à suposta ação de Moscou.
Durante uma reunião no Salão Oval, Trump também reforçou as acusações contra seu antecessor, alegando que Obama cometeu crimes ao utilizar o aparato estatal de inteligência como arma política.
Na rede Truth Social, Trump compartilhou um vídeo gerado por inteligência artificial no qual o ex-presidente democrata é mostrado sendo preso dentro da Casa Branca — uma montagem simbólica para expressar sua indignação com a suposta conspiração.
Segund Gabbard, a atuação do governo Obama teve como objetivo "subverter a vontade do povo americano", contando ainda com a colaboração de veículos da grande mídia para sustentar o que ela chamou de "mentira institucionalizada".
Durante uma reunião no Salão Oval, Trump também reforçou as acusações contra seu antecessor, alegando que Obama cometeu crimes ao utilizar o aparato estatal de inteligência como arma política.
Na rede Truth Social, Trump compartilhou um vídeo gerado por inteligência artificial no qual o ex-presidente democrata é mostrado sendo preso dentro da Casa Branca — uma montagem simbólica para expressar sua indignação com a suposta conspiração.
Segund Gabbard, a atuação do governo Obama teve como objetivo "subverter a vontade do povo americano", contando ainda com a colaboração de veículos da grande mídia para sustentar o que ela chamou de "mentira institucionalizada".
“Isso deu início ao que seria essencialmente um golpe de Estado de anos contra o presidente Trump”, alegou a diretora.
O relatório também menciona que, embora o governo russo estivesse interessado em minar a confiança no sistema democrático dos EUA, o presidente Vladimir Putin teria optado por não divulgar certas informações potencialmente prejudiciais à então candidata democrata Hillary Clinton.
Reação do ex-presidente
Em resposta às acusações, o gabinete de Barack Obama classificou as declarações como “absurdas” e “ultrajantes”. Em publicação na plataforma X (antigo Twitter), representantes do ex-presidente disseram que normalmente evitam responder ao que chamam de “desinformação vinda da atual Casa Branca”, mas consideraram necessário se manifestar desta vez.
“Por respeito à presidência, nosso gabinete normalmente não dignifica o absurdo e a desinformação constantes que fluem desta Casa Branca com uma resposta. Mas essas alegações são ultrajantes o suficiente para merecer uma”, publicou a equipe de Obama.
A nota finaliza descrevendo as acusações como “ridículas” e fruto de uma tentativa desesperada de desviar o foco da opinião pública.
