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News→Saúde→Pesquisadores da USP desenvolvem inteligência artificial para prever agressividade de tumores

Pesquisadores da USP desenvolvem inteligência artificial para prever agressividade de tumores

Projeto internacional com participação da USP Ribeirão Preto propõe nova abordagem para avaliar a agressividade do câncer

Por Redação 100.9
29 de Julho de 2025 às 15:00

Uma nova ferramenta baseada em inteligência artificial pode transformar a forma como a medicina identifica o quão agressivo é um tumor. Desenvolvido por um consórcio internacional de pesquisadores, com participação da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP), o índice computacional promete melhorar a precisão dos diagnósticos oncológicos por meio da análise de proteínas tumorais.

Batizado de PROTsi (Proteomic Stemness Index), o índice foi idealizado para medir o grau de "stemness" das células tumorais — ou seja, o quanto elas se assemelham às células-tronco, característica frequentemente associada à maior resistência ao tratamento e maior capacidade de disseminação do câncer.

"Avaliamos mais de 1.300 amostras com ferramentas de bioinformática, buscando padrões moleculares e selecionando proteínas com relevância clínica", explicou a professora Tathiane Maistro Malta, do Departamento de Biologia Celular e Molecular e Bioagentes Patogênicos da FMRP.

Do RNA às proteínas: uma nova base para o diagnóstico
Tradicionalmente, os métodos para prever a agressividade de tumores se baseiam em dados de RNA mensageiro. A inovação do PROTsi está em utilizar dados proteômicos — ou seja, a expressão de proteínas, que refletem com mais precisão a atividade funcional das células.

O modelo foi criado a partir da análise de dados públicos do Consórcio de Análise Proteômica Clínica de Tumores (CPTAC), abrangendo diversos tipos de câncer, como os de mama, pulmão, rim, fígado, estômago, cólon, pâncreas, endométrio, ovário, e cabeça e pescoço. A variedade de tumores incluídos no estudo permitiu testar a eficácia da ferramenta em diferentes realidades clínicas e biológicas.

Outro ponto central da pesquisa foi a observação de modificações pós-traducionais — alterações químicas nas proteínas que impactam diretamente sua função. Essas alterações são mais frequentes em tumores agressivos e podem ajudar a explicar sua resistência ao tratamento.

Pesquisa ainda não tem uso clínico, mas abre portas
Por enquanto, o PROTsi é uma ferramenta voltada à pesquisa científica e ainda não está disponível para uso clínico. Isso porque, segundo a professora Tathiane, “calcular o PROTsi requer medir praticamente todo o proteoma de uma amostra, o que ainda é inviável em contextos clínicos”.

Apesar disso, os pesquisadores utilizaram os resultados obtidos com o índice para selecionar biomarcadores mais acessíveis, que podem futuramente ser identificados por exames de rotina, como a análise imuno-histoquímica — método já amplamente utilizado em laboratórios de patologia.

“A ideia é usar o PROTsi como uma base para identificar proteínas com potencial diagnóstico. A partir dessas proteínas, podemos desenvolver painéis de biomarcadores que, de fato, possam ser aplicados na prática clínica”, completou Tathiane.

Próximos passos
Com os dados em mãos, o grupo agora se concentra na realização de testes funcionais com drogas já conhecidas e na validação de um painel de biomarcadores que possa ser testado em ambientes clínicos. Em médio e longo prazo, o objetivo é avaliar a performance dos biomarcadores em populações distintas e avançar no diálogo com instituições de saúde pública, para que o índice — ou os marcadores derivados dele — possam vir a ser incorporados à rotina do SUS e de sistemas de saúde ao redor do mundo.

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