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Homem vive 776 dias com Covid-19 ativa; caso é o mais longo já registrado

Paciente com HIV avançado conviveu com o coronavírus por mais de dois anos antes de falecer por causas não relacionadas à infecção

Por Redação 100.9
16 de Setembro de 2025 às 15:00

Um estudo publicado por pesquisadores da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, revelou o caso mais longo já documentado de infecção contínua por Covid-19. O paciente, um homem de 41 anos com HIV em estágio avançado e sem adesão regular ao tratamento antirretroviral, permaneceu com o coronavírus ativo por 776 dias consecutivos. A infecção só foi interrompida com sua morte, ocorrida por motivos não diretamente relacionados à doença.

O caso, considerado inédito, foi detalhado na revista científica The Lancet Microbe, em uma publicação de julho. De acordo com os médicos responsáveis pelo estudo, a condição imunológica gravemente comprometida do paciente criou um ambiente propício para a permanência do vírus no organismo, mesmo com o uso de antivirais específicos contra a Covid-19.


Sintomas persistentes e diagnóstico tardio

Os primeiros sinais da doença surgiram em maio de 2020, com sintomas leves como tosse contínua, fadiga e dor de cabeça. No entanto, o diagnóstico só foi confirmado em setembro daquele ano, quando o quadro clínico se agravou. A partir daí, ele iniciou o tratamento, mas nunca chegou a apresentar uma recuperação completa. Durante todo o período, os sintomas oscilaram em intensidade, mas o vírus permaneceu detectável.

Entre março de 2021 e julho de 2022, os médicos realizaram dezenas de coletas de amostras do paciente para estudar a evolução do coronavírus em seu organismo. A análise genômica revelou a presença de 68 mutações distintas no vírus, algumas das quais semelhantes às identificadas posteriormente em variantes de preocupação global.


Adaptação viral e risco reduzido de transmissão

As mutações observadas indicam que o vírus passou por um processo de adaptação ao sistema imunológico do paciente. Apesar disso, os cientistas ressaltam que essa evolução pode ter reduzido sua capacidade de transmissão, o que explicaria a ausência de contágio a pessoas próximas durante o período de infecção.

Mesmo dois dias antes do falecimento, testes de PCR ainda identificavam a presença ativa do coronavírus, confirmando que a infecção permaneceu até o fim. Ainda assim, os médicos afirmam que a Covid-19 não foi a causa direta da morte.


Casos raros, mas preocupantes

Embora sejam incomuns, infecções prolongadas por vírus ocorrem principalmente em pacientes com defesas imunológicas enfraquecidas — como pessoas com câncer em tratamento, transplantadas ou com HIV não controlado. O caso norte-americano superou os recordes anteriores: um paciente na Holanda viveu 613 dias com o vírus, enquanto outro, no Reino Unido, permaneceu infectado por 505 dias.

Especialistas veem nesses casos um risco potencial para o surgimento de novas variantes. A permanência prolongada do vírus em um hospedeiro vulnerável favorece o acúmulo de mutações que podem resultar em linhagens mais resistentes às vacinas ou ao sistema imune.

Para os pesquisadores envolvidos no estudo, é essencial aumentar a vigilância genômica em pacientes imunossuprimidos. “O monitoramento contínuo pode ajudar a antecipar a emergência de variantes antes que se espalhem para a população em geral", alertam os autores na conclusão do artigo.

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