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Imagem: Michael Melo/Metrópoles
Dívida Pública Federal apresenta queda de 0,28%, totalizando R$ 8,12 trilhões em setembro
Tesouro Nacional divulga os dados do Relatório Mensal da Dívida (RMD) nesta quarta-feira (30/10)
Por Redação 100.9
29 de Outubro de 2025 às 15:10
A dívida pública federal (DPF) registrou uma redução de 0,28% em setembro, alcançando R$ 8,12 trilhões, comparado ao montante de R$ 8,14 trilhões no mês anterior. O dado consta no Relatório Mensal da Dívida (RMD) divulgado pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (30/10).
Esse desempenho foi impulsionado por uma emissão líquida de R$ 174,95 bilhões, enquanto os resgates líquidos totalizaram R$ 268,08 bilhões. Com isso, o estoque da dívida pública federal fechou o mês de setembro fora dos parâmetros definidos no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2025, cujo intervalo projetado é de R$ 8,5 trilhões a R$ 8,8 trilhões.
Em relação ao prazo médio da DPF, houve uma leve elevação: passou de 4,09 anos em agosto para 4,16 anos em setembro, mantendo-se dentro do limite estabelecido pelo PAF 2025, que varia entre 3,8 e 4,2 anos.
O que é a dívida pública federal?
A dívida pública federal é contraída pelo Tesouro Nacional para cobrir o déficit orçamentário do governo, quando os gastos superam a arrecadação. Ela pode ser classificada tanto pelo meio de endividamento quanto pela moeda dos fluxos de pagamento e recebimento. A emissão líquida representa a diferença entre os títulos emitidos e os resgatados pelo governo, enquanto a apropriação positiva de juros ocorre quando o governo obtém mais retorno dos títulos do que o pago aos detentores da dívida.
Em 2024, o estoque da dívida pública federal somou R$ 7,3 trilhões, mantendo-se dentro dos limites estabelecidos no PAF de 2024.
Composição da Dívida Pública Federal
Em setembro, a dívida pública federal era composta por diferentes categorias de títulos, com destaque para aqueles atrelados à Selic, a taxa básica de juros. A distribuição ficou da seguinte forma:
Taxa Flutuante (Selic): 47,47%
Índices de Preços (IPCA): 26,81%
Prefixados: 22,01%
Câmbio: 3,70%
O maior grupo detentor da dívida é o de Instituições Financeiras, que aumentou sua participação de R$ 2,4 trilhões para R$ 2,5 trilhões, representando 32,53% da dívida.
Outros grupos de detentores incluem:
Previdência Social: 23,07% (R$ 1,8 trilhão)
Fundos de Investimento: 20,87% (R$ 1,63 trilhão)
Não-residentes: 10,19% (R$ 797,06 bilhões)
Seguradoras: 3,76% (R$ 293,78 bilhões)
Governo: 2,93% (R$ 229,07 bilhões)
Outros: 6,65% (R$ 520,12 bilhões)
Liquidez e Reserva de Contingência
A reserva de liquidez da dívida, também conhecida como o "colchão" para o pagamento da DPF, teve uma redução em setembro. O colchão é formado por recursos na Conta Única do Tesouro Nacional (CTU) e no Banco Central (BC). O valor passou de R$ 1,13 trilhões para R$ 1 trilhão, o que representa uma queda de 9,02%. Com esse montante, o Tesouro tem capacidade para quitar os vencimentos de títulos por 9,33 meses.