Japinha do CV não aparece entre os mortos na primeira lista da megaoperação

Durante a divulgação da lista de mortos da megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, a ausência de um nome chamou a atenção. A traficante conhecida como Japinha do CV ou Penélope, uma das mais temidas combatentes do Comando Vermelho (CV), não constava entre os 99 nomes revelados pela Polícia Civil nesta sexta-feira (31).

A criminosa, apontada como uma das principais líderes da facção, foi morta durante uma abordagem policial. De acordo com as autoridades, Penélope reagiu ao ser abordada e abriu fogo contra os policiais. Ela foi atingida por um disparo de fuzil, que esfacelou sua cabeça. No momento de sua morte, estava vestindo uniforme camuflado, colete tático e portava armamento de guerra, o que reforça sua posição ativa nas ações do CV.

Felipe Curi, secretário da Polícia Civil, destacou que dos 117 mortos na operação, 78 tinham passagens pela polícia e 42 estavam foragidos. Curi também reforçou que os complexos da Penha e do Alemão operavam como centros de comando para o Comando Vermelho, onde criminosos eram treinados para expandir as atividades da facção para outros estados.

A operação, considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, resultou em 117 mortes, incluindo quatro policiais, e 83 prisões. Para realizar a ação, 2,5 mil agentes de segurança pública, entre policiais civis, militares e unidades especiais, foram mobilizados. O objetivo era barrar o avanço do Comando Vermelho e desarticular sua base de operações.

Moradores das comunidades afetadas relataram uma madrugada de pânico, com helicópteros sobrevoando a área e blindados abrindo caminho por ruas estreitas. O som dos disparos e explosões foi ouvido até o amanhecer, com destaque para os bairros da Grota, Fazendinha e Vila Cruzeiro.