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Explosão em Casa no Tatuapé: Morador Já foi Investigado por Soltar Balões com Fogos de Artifício em 2011
Adir Mariano, acusado em 2011 de integrar grupo de baloeiros em São José dos Campos, foi absolvido do crime em 2015. Polícia investiga se ele é a vítima fatal da explosão ocorrida na quinta-feira (14) no Tatuapé.
Por Redação 100.9
14 de Novembro de 2025 às 15:53
Na noite de quinta-feira (13), uma explosão devastadora em uma casa localizada na Rua Francisco Bueno, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, deixou um rastro de destruição. O morador da residência, Adir de Oliveira Mariano, de 46 anos, já foi investigado anteriormente pela Polícia Civil por envolvimento em atividades ilícitas com balões e fogos de artifício.
Atualmente, a Polícia Técnico-Científica realiza exames no corpo encontrado no local da explosão, tentando confirmar a identidade da vítima. Há suspeitas de que o falecido seja Adir, mas o laudo necroscópico ainda não foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML). O incidente também causou ferimentos em dez pessoas que estavam passando de carro pelo local, mas todas as vítimas estão fora de risco. A esposa de Adir não se feriu, pois estava no shopping no momento da explosão.
A casa foi completamente destruída e, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o imóvel armazenava fogos de artifício de forma irregular. Adir não foi encontrado e é considerado um dos investigados pela polícia, que apura as causas da explosão e eventuais responsabilidades. A principal linha de investigação aponta para os fogos de artifício como a causa do acidente.
Além dos danos materiais causados nos veículos que passavam pelo local e nos imóveis vizinhos, a explosão quebrou vidros de janelas e gerou um grande impacto. Imagens de câmeras de segurança e moradores mostram o momento da explosão.
Histórico de Envolvimento com Balões
Em 2011, Adir Mariano foi acusado de integrar um grupo de baloeiros que praticava crimes ambientais em São José dos Campos, interior de São Paulo. Ele e outras pessoas foram detidos depois de correrem atrás de um balão que havia caído. Na época, o crime de soltar balões era investigado devido ao risco de incêndios. A prática é considerada ilegal, pois os balões podem provocar incêndios em áreas urbanas e florestais.
Adir e seus companheiros foram detidos, mas alegaram que apenas haviam visto o balão e o seguiram. Em 2015, o grupo foi absolvido, pois a Justiça entendeu que não havia provas suficientes de envolvimento com o balão que caiu na região. A pena para quem é condenado por soltar balões varia entre 1 e 3 anos de detenção, além de multa.
O Desespero dos Moradores
A explosão na Zona Leste de São Paulo causou um grande susto em moradores da região. Segundo relatos de moradores próximos, o impacto foi tão forte que prateleiras e vidros de janelas foram quebrados, e uma nuvem de fumaça tomou conta da área. Uma das moradoras, que estava assistindo televisão, descreveu o momento como um "barulho terrível" e relatou que sua janela foi destruída pela força da explosão.
"Eu estava na cama vendo novela. Só ouvi um barulho terrível e a janela voou, a cortina caiu, caiu tudo, e um pó terrível entrou no meu quarto", contou a moradora, visivelmente abalada.
De acordo com a Defesa Civil, pelo menos 23 casas vizinhas foram interditadas devido ao impacto da explosão, e moradores tiveram que ser acomodados em casas de parentes.
Investigações em Andamento
A Polícia Civil, que registrou o caso no 30º DP (Tatuapé), investiga agora os crimes relacionados à explosão, incluindo a fabricação e o armazenamento ilegal de fogos de artifício. A possibilidade de envolvimento de Adir com balões, uma prática ilegal e perigosa, levanta questões sobre a causa da explosão e sua relação com a tragédia.
Em suas redes sociais, Adir expressou em uma postagem de 2017 o seu envolvimento com a prática de soltar balões, descrevendo-a como uma arte e fazendo referência a um "dom" que ele acreditava ter recebido de Deus. Para as autoridades, essa mensagem reforça a conexão de Adir com os balões e os riscos envolvidos.
A polícia também está investigando se o local, além de armazenar fogos de artifício, era usado para atividades clandestinas. A investigação continua enquanto aguardam a confirmação oficial sobre a identidade da vítima.
A Família e o Imóvel
Fernanda Nunes Canno, advogada de Alessandro de Oliveira Mariano, irmão de Adir, esclareceu que Alessandro foi locatário da casa onde ocorreu a explosão, mas não residia lá há nove anos. A advogada afirmou que Alessandro ficou sabendo recentemente que Adir morava no imóvel e que os dois não se falam há sete anos. Ela também confirmou que a família ainda aguarda a confirmação oficial do IML sobre a identidade da vítima.
A Defesa Civil segue monitorando os danos causados pela explosão, enquanto as autoridades continuam a apurar os fatos.
Conclusão
A explosão no Tatuapé revela mais uma vez os perigos associados ao armazenamento irregular de fogos de artifício e à prática ilegal de soltar balões. Com investigações em andamento, as autoridades tentam esclarecer as causas do incidente e suas possíveis responsabilidades, enquanto a comunidade local tenta se recuperar dos danos causados pela tragédia.