Veja o que Bolsonaro pretende responder a Moraes para evitar prisão imediata
Ex-presidente protocola nesta terça-feira (22/7), no STF, manifestação solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes
22 de Julho de 2025 às 16:41
O ex-presidente Jair Bolsonaro vai apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (22/7), um documento com esclarecimentos exigidos pelo ministro Alexandre de Moraes. A manifestação é uma tentativa de evitar uma eventual ordem de prisão imediata, sob a alegação de que Bolsonaro teria desrespeitado medidas cautelares impostas pela Corte.
Na peça entregue pelos advogados, a defesa do ex-presidente sustenta que não houve uma delimitação clara por parte do ministro sobre até onde Bolsonaro pode se manifestar publicamente. De acordo com os advogados, o ex-mandatário tem permissão para discursar ou conceder entrevistas, mas está proibido de divulgar esse conteúdo nas redes sociais.
O ponto de conflito, segundo a defesa, seria justamente a ausência de controle de Bolsonaro sobre terceiros que compartilham suas falas na internet. Os advogados argumentam que o ex-presidente não pode ser responsabilizado por publicações feitas por veículos de imprensa, simpatizantes ou outras pessoas que reproduzem suas declarações nas redes.
Por isso, Bolsonaro alegará que uma eventual prisão seria injustificável, já que não há regras objetivas sobre as limitações impostas ao seu uso da internet. A equipe jurídica lembra ainda que Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente e responsável pelas redes sociais do pai, foi oficialmente orientado a não realizar postagens nas contas do ex-chefe do Executivo.
Na peça entregue pelos advogados, a defesa do ex-presidente sustenta que não houve uma delimitação clara por parte do ministro sobre até onde Bolsonaro pode se manifestar publicamente. De acordo com os advogados, o ex-mandatário tem permissão para discursar ou conceder entrevistas, mas está proibido de divulgar esse conteúdo nas redes sociais.
O ponto de conflito, segundo a defesa, seria justamente a ausência de controle de Bolsonaro sobre terceiros que compartilham suas falas na internet. Os advogados argumentam que o ex-presidente não pode ser responsabilizado por publicações feitas por veículos de imprensa, simpatizantes ou outras pessoas que reproduzem suas declarações nas redes.
Por isso, Bolsonaro alegará que uma eventual prisão seria injustificável, já que não há regras objetivas sobre as limitações impostas ao seu uso da internet. A equipe jurídica lembra ainda que Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente e responsável pelas redes sociais do pai, foi oficialmente orientado a não realizar postagens nas contas do ex-chefe do Executivo.
“Parece que Moraes deseja impedir Bolsonaro de se comunicar com o público, de fazer discursos ou entrevistas. Mas ao invés de afirmar isso com clareza, prefere manter uma redação vaga, que deixa margem para interpretações”, diz trecho do documento.
A decisão de Moraes
Alexandre de Moraes determinou que Bolsonaro está proibido de utilizar redes sociais, com o argumento de que o ex-presidente tenta se aproveitar da internet para mobilizar apoio internacional e pressionar tanto o Supremo quanto o governo federal.
Para o ministro, essa conduta pode configurar tentativa de interferência no processo em que Bolsonaro é acusado de articular um golpe contra as instituições democráticas.
Aliados do ex-presidente, no entanto, contestam essa interpretação. Eles afirmam que não há qualquer crime em buscar respaldo internacional, e citam o exemplo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também teria recorrido à comunidade internacional durante as investigações da Operação Lava Jato.
A resposta de Bolsonaro ao STF será analisada por Moraes nos próximos dias. A expectativa é de que o ministro decida se as explicações são suficientes ou se tomará medidas mais duras contra o ex-presidente.
