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Lula reage a movimento do União e reúne Alcolumbre e ministros no Alvorada
Encontro ocorre um dia após decisão do União Brasil de retirar apoio ao governo e indicar saída de Sabino do Turismo, além de sinalizar apoio ao PL da Anistia
Por Redação 100.9
03 de Setembro de 2025 às 15:03
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta terça-feira (3) no Palácio da Alvorada o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e ministros ligados ao União Brasil para um almoço reservado. A movimentação ocorre em resposta à decisão recente da federação partidária composta por União Brasil e PP, que anunciou o rompimento com o governo federal.
Foram convidados para o encontro o ministro do Turismo, Celso Sabino — indicado pela bancada do União na Câmara —, além de Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Secretaria de Assuntos Federativos), que chegaram ao governo por articulação direta de Alcolumbre, embora não sejam filiados ao partido.
A reunião foi marcada um dia após a federação União-PP determinar que seus filiados deixem cargos no Executivo, o que atinge diretamente Sabino. Waldez e Siqueira, no entanto, são considerados parte da cota pessoal de Alcolumbre e, por isso, estariam fora do alcance da determinação partidária.
Além disso, os dois partidos demonstraram alinhamento recente em torno da tramitação do Projeto de Lei da Anistia, que pode entrar em pauta nas próximas semanas. O texto prevê perdão judicial para envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Embora oficialmente o almoço tenha sido organizado para reforçar os laços do governo com lideranças de legendas que ocupam espaço na Esplanada, assessores do Planalto admitem que Lula tenta desmobilizar o avanço do projeto, que ganhou força após articulações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Nos bastidores, a avaliação é que Tarcísio, favorito do centrão para disputar a presidência em 2026, passou a usar a proposta de anistia como ferramenta para consolidar apoio do bolsonarismo à sua candidatura. O movimento é visto com preocupação por Lula, que agora busca isolar o projeto e manter o apoio de figuras-chave do centro.