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Baixa adesão à segunda dose da vacina da dengue acende alerta entre especialistas

Eficácia, segurança e obstáculos das vacinas foram discutidos durante Congresso Brasileiro de Infectologia, em Florianópolis

Por Redação 100.9
17 de Setembro de 2025 às 15:43

A dengue continua sendo uma das principais ameaças à saúde pública no Brasil e em várias partes do mundo. Em meio ao crescimento dos casos e à ampliação das áreas afetadas pelo mosquito Aedes aegypti, especialistas têm se preocupado com um novo fator: a baixa adesão à segunda dose da vacina contra a doença.

Durante o 24º Congresso Brasileiro de Infectologia, realizado entre os dias 16 e 19 de setembro em Florianópolis (SC), a médica infectologista Raquel Silveira Bello Stucchi, professora da Unicamp, alertou para os desafios enfrentados pelo país no combate à dengue, principalmente no que diz respeito à imunização.

“A dengue já coloca mais de 3,6 milhões de pessoas sob risco apenas entre agosto de 2024 e julho de 2025, e quase 2,7 mil mortes foram registradas, a maioria no Brasil”, afirmou Stucchi, citando dados recentes. O aumento da circulação do vírus acompanha o avanço das mudanças climáticas e do aquecimento global. De acordo com a especialista, o número de municípios brasileiros infestados pelo mosquito vetor saltou de 1.753, em 1995, para 5.385 em 2024.


Vacinas disponíveis e em desenvolvimento


Atualmente, a única vacina aprovada para uso no país é a Qdenga, produzida pela farmacêutica Takeda. Indicada para pessoas a partir de 4 anos, ela é especialmente recomendada para adolescentes de 6 a 16 anos que vivem em áreas endêmicas.

Um estudo de larga escala conduzido na Ásia com mais de 20 mil adolescentes entre 14 e 16 anos, acompanhados por cinco anos, demonstrou que a vacina oferece aproximadamente 60% de proteção global contra casos confirmados. A proteção foi ainda mais significativa contra hospitalizações: 86% entre soropositivos e quase 76% entre soronegativos.

Apesar dos bons resultados, Stucchi ressaltou a importância de completar o esquema vacinal com duas doses. “Mesmo com resultados positivos, a eficácia da vacina depende de completar o esquema, e muitos adolescentes não recebem a segunda dose, o que limita o impacto da imunização em surtos futuros”, explicou.



Segundo a médica, após a primeira aplicação, a proteção começa a cair após cerca de 90 dias, o que reforça a necessidade da segunda dose para garantir a imunidade de longo prazo.


Segurança e eventos adversos

Desde que a Qdenga começou a ser aplicada no Brasil, mais de 36 milhões de doses já foram administradas até 2025. Nesse período, foram registrados 124 casos de anafilaxia, todos tratados com sucesso. Houve também notificações raras de síndrome de Guillain-Barré, sem registros de óbitos.

Embora a taxa de eventos adversos seja ligeiramente superior à observada em outras vacinas, Stucchi considera que o imunizante se mantém seguro. “Esses eventos exigem vigilância, mas não comprometem o balanço de segurança do imunizante”, afirmou.


Promissora, vacina do Butantan ainda aguarda aprovação

Outro destaque do congresso foi a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, que ainda está em fase de avaliação para aprovação. Em estudos clínicos, o imunizante demonstrou eficácia de 80% contra casos confirmados após dois anos da aplicação, e manteve mais de 67% de proteção após três anos, sem registro de eventos adversos graves.

Os dados animadores foram especialmente notados entre crianças com mais de 7 anos, público considerado estratégico no controle da doença.


Desafios futuros

Para Stucchi, embora os avanços científicos sejam significativos, ainda há um longo caminho a ser percorrido. “Precisamos de vacinas tetravalentes de dose única, de marcadores sorológicos confiáveis para medir imunidade e de mais pesquisas em idosos e pessoas com comorbidades”, concluiu a médica.

Com o avanço da dengue e o risco de novas epidemias, especialistas alertam que investir na vacinação completa e na vigilância epidemiológica será essencial para conter a doença nos próximos anos.

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