
Fleischmann explica que vários fatores contribuíram para a tragédia, incluindo a alta radiação solar, a baixa profundidade do lago, o vento fraco e a água turva, que dificultavam a dissipação do calor. “Era impossível colocar um dedo na água. Estava tão quente que os animais não tinham onde se abrigar”, descreve o pesquisador, ao relatar as condições extremas no Lago Tefé.
Adalberto Val, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), esclarece que as temperaturas de 41ºC são insuportáveis para os peixes, que têm seu metabolismo completamente comprometido. “Quando a água atinge 41ºC, os peixes simplesmente param de funcionar: suas enzimas ficam bloqueadas, seu metabolismo entra em colapso e eles morrem”, explica Val.
