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Arrecadação com IOF sobe 35% em agosto e chega a R$ 8,4 bilhões
Receita Federal aponta aumento de R$ 2 bilhões em relação ao ano passado; embate entre governo e Congresso sobre imposto segue sem solução
Por Redação 100.9
24 de Setembro de 2025 às 16:59
A Receita Federal divulgou, nesta terça-feira (23/9), que a arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em agosto somou R$ 8,44 bilhões. O valor representa um crescimento real de 35,57% em comparação ao mesmo mês de 2024, quando a receita foi de R$ 6,23 bilhões. O acréscimo equivale a aproximadamente R$ 2,2 bilhões.
O IOF tem sido um dos pontos de atrito entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Congresso Nacional. A controvérsia começou após a publicação de um decreto que elevava a taxação, medida que enfrentou forte reação do setor produtivo e pressão política, levando o Executivo a recuar parcialmente horas depois.
Apesar da disputa, a arrecadação total da União, que inclui impostos, contribuições e outras receitas, alcançou R$ 208,791 bilhões em agosto, em valores corrigidos pela inflação. No acumulado entre janeiro e agosto, o montante já chega a R$ 1,8 trilhão — o melhor desempenho para o período desde o ano 2000, segundo a Receita.
Linha do tempo do impasse sobre o IOF
22 de maio – O governo anuncia bloqueio de R$ 31,3 bilhões no Orçamento e, no mesmo dia, publica decreto elevando as alíquotas do IOF.
22 de maio (tarde) – Após reação negativa, parte do decreto é revista. O mercado e o Congresso criticam a medida e cobram alternativas.
23 de maio – Com o recuo, dólar cai e a bolsa de valores fecha em alta. Oposição articula a derrubada do decreto.
28 de maio – Presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, iniciam negociação com o Planalto e dão prazo de 10 dias para novas propostas.
29 de maio – O governo confirma que apresentará alternativas e indica abertura para discutir uma reforma fiscal mais ampla.
2 de junho – Ministro Fernando Haddad se compromete com o Congresso a apresentar soluções compensatórias.
8 de junho – Reunião entre Executivo e Legislativo resulta em acordo para publicar uma medida provisória (MP) com medidas alternativas ao decreto.
11 de junho – O Planalto edita a MP com ações compensatórias.
12 de junho – Hugo Motta decide pautar a votação para derrubar o decreto, decisão que causa atrito com o governo.
25 de junho – O Congresso aprova o decreto legislativo que susta os efeitos da medida do Executivo.
27 de junho – Lula pede que a Advocacia-Geral da União (AGU) avalie judicialização do tema.
1º de julho – A AGU informa que recorrerá ao STF, alegando que o Congresso ultrapassou suas competências.
4 de julho – O ministro Alexandre de Moraes suspende tanto o decreto presidencial quanto o legislativo e convoca audiência de conciliação.
15 de julho – STF promove a mediação, mas não há acordo entre Executivo e Legislativo.
16 de julho – Moraes mantém parte do decreto do governo, mas derruba o trecho sobre operações de “risco sacado”, ligadas a adiantamentos de bancos a empresas.